Tenho sentido que de alguma forma, a vida vem me coagindo e me cobrando posicionamentos, escolhas e decisões que por medo e esperança, sempre adiei. Mas quero chegar mesmo é na palavra MEDO.
Ali me olhando, recordei das inúmeras vezes que cobrei de você coragem, escolha e decisão. De quantas vezes te achei fraco, covarde e egoísta.
Ainda ali... parada... me olhando... Me dei conta de que ao analisar-me por outro ângulo, também me faltam coragem, escolha e decisão. E na mesma proporção faço de mim uma fraca, covarde e egoísta como por muitas vezes te julguei ser.
Por medo de te perder e/ou por medo de não encontrar uma forma de seguir sem você comigo, nunca decidi de fato qual o papel que eu quero ocupar na nossa história. Nunca tive coragem de me impor, de cobrar tudo que desejo, de dizer tudo que penso pra não machucar você, e enquanto isso eu ia aumentando gradativamente as minhas feridas e me machucando cada vez mais.
Por medo de perder você, não percebi que aos poucos estava me perdendo.
Por medo de perder você, nunca tive coragem de ir, mesmo sabendo que ficar não necessariamente significava te ter (não do jeito que desde sempre sonhei).
Fui fraca quando aceitei o que doía em mim. Fui fraca quando fingi que o pouco que restava pra mim era suficiente. Fui fraca quando engoli a seco cada humilhação, cada falta, cada choro escondido. Fui fraca quando acreditei que eu não merecia mais. Fui fraca quando me diminui pra caber no pequeno espaço que você me permitia morar.
Fui covarde quando recuei em todas as oportunidades que a vida me deu de seguir, não sem você... eu nunca quis seguir sem você. Mas seguir de forma diferente, tomando decisões diferentes, me posicionando de maneira que te obrigasse a se posicionar também.
Fui covarde por me anular milhões de vezes, por aceitar tão pouco pelo simples fato de não perder as valiosas chances de estar do seu lado. Covarde por ter desistido de sonhos que sonhei viver contigo, porque já o via vivendo com outra pessoa.
Uma enorme covarde, fraca e egoísta. Criei dentro de mim a ilusão de que o que importava era estarmos "juntos". E mesmo enxergando claramente o fato de que esse "juntos" era bem relativo, alimentei essa ilusão pra saciar, mesmo que em pequenas porções, a MINHA necessidade de você.
Por medo de perder você, não percebi que aos poucos estava me perdendo.
Por medo de perder você, nunca tive coragem de ir, mesmo sabendo que ficar não necessariamente significava te ter (não do jeito que desde sempre sonhei).
Fui fraca quando aceitei o que doía em mim. Fui fraca quando fingi que o pouco que restava pra mim era suficiente. Fui fraca quando engoli a seco cada humilhação, cada falta, cada choro escondido. Fui fraca quando acreditei que eu não merecia mais. Fui fraca quando me diminui pra caber no pequeno espaço que você me permitia morar.
Fui covarde quando recuei em todas as oportunidades que a vida me deu de seguir, não sem você... eu nunca quis seguir sem você. Mas seguir de forma diferente, tomando decisões diferentes, me posicionando de maneira que te obrigasse a se posicionar também.
Fui covarde por me anular milhões de vezes, por aceitar tão pouco pelo simples fato de não perder as valiosas chances de estar do seu lado. Covarde por ter desistido de sonhos que sonhei viver contigo, porque já o via vivendo com outra pessoa.
Uma enorme covarde, fraca e egoísta. Criei dentro de mim a ilusão de que o que importava era estarmos "juntos". E mesmo enxergando claramente o fato de que esse "juntos" era bem relativo, alimentei essa ilusão pra saciar, mesmo que em pequenas porções, a MINHA necessidade de você.
Talvez você possa estar se questionando: O que ela quis dizer, quando disse que "estarmos juntos" era relativo?
É simples... Estávamos juntos quando apenas você podia. Sempre dependeu muito mais de você do que de mim. A minha disposição em criar oportunidades e estar contigo sempre foi por inteiro. Nada mais importava. Se você podia, eu também tinha que poder.
Mas e quantas vezes eu precisei estar junto, e me vi só? Quantas vezes procurei teu colo e o que me restava era o meu travesseiro? Quantas vezes comemorei e vibrei sozinha por conquistas que sonhei celebrar ao teu lado? Quantas datas importantes o que me sobrava era a solidão? Quantas dores eu precisei fingir não doer tanto, porque sofrer sozinha aumenta o peso nos ombros e eu temia não suportar? Quantas vezes tudo que precisei era a tua mão segurando a minha, e tudo que eu tinha era saudade?
Talvez você possa dizer: Mas você podia ter dividido comigo. Conversado comigo.
É simples... Estávamos juntos quando apenas você podia. Sempre dependeu muito mais de você do que de mim. A minha disposição em criar oportunidades e estar contigo sempre foi por inteiro. Nada mais importava. Se você podia, eu também tinha que poder.
Mas e quantas vezes eu precisei estar junto, e me vi só? Quantas vezes procurei teu colo e o que me restava era o meu travesseiro? Quantas vezes comemorei e vibrei sozinha por conquistas que sonhei celebrar ao teu lado? Quantas datas importantes o que me sobrava era a solidão? Quantas dores eu precisei fingir não doer tanto, porque sofrer sozinha aumenta o peso nos ombros e eu temia não suportar? Quantas vezes tudo que precisei era a tua mão segurando a minha, e tudo que eu tinha era saudade?
Talvez você possa dizer: Mas você podia ter dividido comigo. Conversado comigo.
Cada chance de estar com você era tão grandiosa pra mim, que eu não podia perdê-la compartilhando problemas e inseguranças. Eu preferia ser alegria, mesmo que por apenas 2 horas de relógio.
Ainda tem um monte de coisa guardada aqui dentro, e eu nem sei se ter desabafado tudo que desabafei agora, de alguma forma me fará agir diferente. Talvez eu feche a página e continue optando por alimentar a ilusão de que mais vale o pouco do teu lado, do que o abismo que seria viver sem você. Não sei...
Talvez um dia você leia tudo isso, e quem sabe enxergue em você uma coragem que no fundo, no fundo... Eu também nunca tive.
Talvez você seja forte o suficiente pra fazer escolhas que eu sempre desejei, de um jeito, ou de outro.
Talvez você encontre forças pra tomar decisões que nos libertarão... De nós mesmos e dessa ilusão que acreditamos nos fazer felizes, ou dessa prisão que nos impede de viver verdadeiramente tudo que ainda podemos viver JUNTOS.
Talvez um dia você leia tudo isso, e quem sabe enxergue em você uma coragem que no fundo, no fundo... Eu também nunca tive.
Talvez você seja forte o suficiente pra fazer escolhas que eu sempre desejei, de um jeito, ou de outro.
Talvez você encontre forças pra tomar decisões que nos libertarão... De nós mesmos e dessa ilusão que acreditamos nos fazer felizes, ou dessa prisão que nos impede de viver verdadeiramente tudo que ainda podemos viver JUNTOS.
Talvez...
Dila Mota
Comentários
Postar um comentário